
Ministro do governo Lula e candidato à Presidência em 2002, Ciro trava uma queda de braço contra o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
O governador também derrotou Ciro na disputa pela liderança do partido na Câmara dos Deputados.
Ciro defendeu a esc
olha de Gabriel Chalita (SP), mas quem levou foi Ana Arraes, mãe de Campos.
A negociação incluiu uma conversa dura entre Campos e Ciro. Segundo integrantes do PSB, Campos alegou que uma das regras do partido é a exigência de que o líder não seja um novato da Casa.
Enquanto aliados de Ciro reclamam da asfixia imposta pelo partido, o comando do PSB alega que trabalhou para que fosse prestigiado.
Um exemplo seria sua indicação para a coordenação da campanha da hoje presidente Dilma Rousseff. Mas Ciro nem compareceu à posse da petista.
O mal-estar alimentou
rumores de que Ciro pretenda deixar o PSB. Porem ele negou a intenção.
Serra, por sua vez, enfrenta dificuldades para conseguir estrutura de um escritório político em São Paulo.
Sua sobrevivência depende de um suporte da cúpula partidária. Em busca de uma saída para Serra, aliados insistiram para que concorresse à presidência do PSDB.
Ao perceber o risco, o presidente da sigla, Sérgio Guerra (PE), aliou-se ao senador Aécio Neves (MG) para consolidar sua recondução.
A dupla apoiou ainda um movimento pela indicação do ex-senador Tasso Jereissati (CE) para a presidência do Instituto Teotonio Vilela, também cogitado por Serra.
Encurralados, aliados de Serra chegaram a sugerir um acordo a aecistas para apresentação de uma alternativa a Guerra. Aécio não gostou da ideia e disse não.
Hoje à frente de seus partidos, Eduardo Campos e Aécio Neves orgulham-se da habilidade na política.
Os dois são cotad
os para a disputa presidencial em 2014 e contam com a estrutura do governo de seus Estados como plataforma.
Contra seus projetos políticos, cada um tem seus fantasmas. O de Aécio chama-se Geraldo Alckmin, governador de São Paulo.
O de Campos é o PT, que resiste à escolha de qualquer outro nome que não seja do partido para o Planalto.
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