
Na quinta-feira (26), o gov. Jackson Lago cncedeu uma entrevista coletiva a Correspondentes Internacioais no Rio de Janeiro onde esclareceu vários aspectos do processo de cassação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral e suas implicações para o futuro do Estado e para as políticas local e nacional. O governador estava acompanhado do deputado Marcelo Tavares, presidente da Assembléia Legislativa, que explicou a posição do legislativo em relação ao processo.
Jackson Lago fez um relato das acusações contidas no processo contra ele e os argumentos da acusação. Fez ainda um histórico da situação vivida no Maranhão, disse inclusive, que "o Estado é único da federação que depois da redemocratização nunca teve real alternância de poder até 2006. Só depois de décadas de luta uma coligação que reuniu várias forças - entre as quais movimentos populares e sindicais - conseguiu finalmente derrotar as forças que controlam o Estado desde os anos da ditadura militar”. Ele disse mas - “esse grupo que controlou o Estado e tem fortes vínculos na política nacional não se conforma com a derrota; sabia que ela sinalizava que pela via eleitoral não teria mais chances de voltar a deter o controle do Estado. E começou um processo na Justiça para obter por essa via o que não conseguiria mais conquistas nas urnas”.
Jackson lembrou, ainda, que em 2002 ele foi candidato ao governo do Estado e obteve 42% dos votos e que o candidato de Sarney teve 48%, caracterizando a realização de um segundo turno. Com os votos do PT e dos outros candidatos da esquerda, no segundo turno ele superaria 50% dos votos, resultando vencedor. “Mas Sarney conseguiu anular na Justiça 5% dos votos.
Jackson lembrou, ainda, que em 2002 ele foi candidato ao governo do Estado e obteve 42% dos votos e que o candidato de Sarney teve 48%, caracterizando a realização de um segundo turno. Com os votos do PT e dos outros candidatos da esquerda, no segundo turno ele superaria 50% dos votos, resultando vencedor. “Mas Sarney conseguiu anular na Justiça 5% dos votos.
O deputado Marcelo Tavares reforçou disse que: “O processo que está levando à cassação de Jackson Lago não tem nada que justifique tal medida”. Segundo ele “os eventos nos quais o governador participou foram muito antes do início da campanha eleitoral, pelo menos sete meses antes da eleição, e nada foi feito para comprar votos de ninguém”. E numa crítica à decisão da Justiça Eleitoral, ele disse que “está sendo tirado da população maranhense o direito de escolher os seus governantes, e isso é muito ruim. Querem que o Maranhão, numa situação atípica, continue a ser uma capitania hereditária”.
Ao responder a uma pergunta sobre as potencialidades do Estado para investimentos estrangeiros e como a atual situação poderia afetá-los, o Governador Lago fez uma retrospectiva da evolução da economia do Maranhão. Lembrou que nos anos 50 era um Estado rico, principalmente devido a elevada produção de arroz, feijão e milho. O Maranhão ocupava o segundo lugar em produção agrícola, depois do Rio Grande do Sul e por isso Celso Furtado se referia ao Maranhão como um “Estado solução”. Nesses período o Maranhão acolhia os retirantes dos Estados vizinhos, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte”. Mas, houve o processo de concentração de terras que foi iniciado nos anos 70 pelo então governador José Sarney, com um projeto de lei que mesmo em contradição com a legislação nacional a matéria foi aprovado no Estado e que permitiu a transformação das terras livres, destinadas ao cultivo de alimentos, em propriedades de grandes empresas – muitas delas estrangeiras , e que provocaram uma queda abrupta na produção no Estado.
Finalizando, Jackson Lago disse que se sentia feliz por não ter havido unanimidade na decisão do TSE. “Espero que agora o tribunal reexamine o seu voto. O povo maranhense confia na Justiça, porém, também reivindica o respeito ao seu pronunciamento soberano”.
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